sábado, 28 de agosto de 2010

A FUNEC ESTÁ ACABANDO. E NÓS, O QUE ESTAMOS FAZENDO?

Assistimos durante os anos de 2009 e 2010 ao desmonte da FUNEC. Colocado não como desmonte, mas como uma "reestruturação" política da Fundação, o fato é que não há mais entrada para o ensino médio regular, a Educação de Jovens e Adultos foi extinta, bem como vários cursos pós-medio ou sequenciais, como o de Patologia Clínica no CENTEC e na unidade NOvo Eldorado.

Com a justificativa de que a Fundação vai se dedicar ao ensino médio integrado, esse desmonte foi arquitetado e colocado em prática. Mas, por trás dessa "nova orientação", o que temos? A retirada da prefeitura municipal de Contagem da oferta de ensino médio, deixando-o ao Estado, simplesmente.

E, para isso, o que tem feito a administração, através da sua presidenta? Tem coagido, de diversas formas, os professores e demais funcionários a saírem da instituição. Vários são os casos de "pressão" para que as pessoas exonerassem.

Junto a isso, aprovou-se o Plano de Carreira da Educação. Um plano que ainda não foi suficientemente analisado e do qual penso que temos que ter uma opinião.

Sugiro que reativemos esse blog, bem como as reuniões específicas da FUNEC.

Retornei agora do mestrado, estava em licença remunerada da FUNEC, beneficiada pela resolução que garantia esse direito. E não acompanhei de perto, portanto, desde abril de 2009, esse desmonte.

Fui omissa? Creio que sim, assim como foram omissos todos aqueles que não suportavam mais o estado de coisas da fundação e pediram exoneração, licença sem vencimento... ou mesmo muitos que ficaram trabalhando mas não puderam, quiseram ou conseguiram se organizar para mudar a situação.

Fomos omissos, eu acho. Todos nós. Inclusive nosso sindicato. Infelizmente não pude ir à reunião da terça-feira, de representantes da FUNEC, por estar doente.

Mas o que venho propor é que podemos tentar ao menos uma avaliação do que está acontecendo, uma avaliação séria, honesta, sem pretenções partidárias e eleitorais (estamos num ano de eleição, os oportunistas são muitos...) que aponte alguma perspectiva para a parcela da categoria que trabalha na FUNEC. Vamos simplesmente voltar pra rede? OU iremos para o Estado? OU então ficaremos até passarmos em outro concurso, ou até aposentarmos?

Não acho que uma reunião de representantes dê conta de fazer isso. Muito menos a diretoria do sindicato, pois é sabido que, ao menos nos últimos quatro anos, pouco ou nada as diretorias fizeram pela FUNEC, pois nem conseguem entender o que se passa por lá.

E aí? Que fazer??

Daniela Versieux

quinta-feira, 5 de março de 2009

FUNEC: Mudar o quê? Para quê? Para quem?

No dia 30 de janeiro de 2009, os diretores da FUNEC foram convocados para uma reunião, com a nova presidenta da instituição, Cleudirce Cornélio de Camargos. Nessa reunião fomos informados que a prefeita Marília Campos, implementaria uma série de modificações na FUNEC, e que ela Cleudirce, seria a responsável para cumprir as determinações da prefeita. Assim, segundo a presidenta, das 22 unidades da instituição, passariam para 8 unidades, ou pólos, localizadas nas regionais do município. Nessas unidades, os cursos ministrados seriam cursos com qualificação profissional e Médio Integrado. As justificativas para essas mudanças seriam de ordem financeira, além disso, o Estado deveria assumir sua responsabilidade com o Ensino Médio em Contagem.

No dia 5 de fevereiro, tivemos uma segunda reunião, e argumentamos que essas medidas deveriam ser explicadas com clareza em nota/documento com ampla divulgação para a comunidade escolar, devido o impacto que elas seriam recebidas nas unidades. De volta as unidades, repassamos as informações como elas nos foram transmitidas. Entretanto, como diversas perguntas dos diretores ficaram sem respostas, as mesmas perguntas e angústias ficaram sem respostas nas escolas.

Assim, gerou na instituição uma grande inquietude, revolta e protestos que de imediato passaram a ser manifestados pela internet. Diante desses fatos, e a repercussão negativa que o mesmo causou, a administração da FUNEC convocou os diretores para uma nova reunião no dia 12 de fevereiro. Nessa reunião, a administração da FUNEC argumentou que a reunião seria para ouvir os diretores. Também apresentou uma nota FUNEC INFORMA, que não continha os esclarecimentos necessários para as perguntas que estavam sendo levantadas nas unidades.

Nesse sentido, foi uma reunião, como as anteriores, marcada por uma postura diferente, entre a administração da FUNEC com os diretores, frente aos debates e reuniões que estávamos acostumados a travar com a ex-presidente da FUNEC, caracterizados pelo respeito e pela diversidade de pensamento. Com isso, o “clima” ficou desagradável. Além disso, achávamos que a reunião seria para tirar nossas dúvidas. Como a nota foi evasiva e as perguntas não foram respondidas voltamos a “estaca zero”.

Das inúmeras perguntas que ficaram sem respostas destacamos as seguintes: Em quais escolas funcionariam essas unidades? Quais seriam esses cursos técnicos? Essas escolas teriam laboratórios para esses cursos? Esses cursos Médios Integrados teriam duração de 3 ou 4 anos? Essas 8 unidades comportariam o mesmo número de alunos? Como ficaria o quadro curricular para comportar todos os professores da FUNEC? E o quadro administrativo, como ficaria para comportar todos os funcionários? Quais são os critérios para a reorganização da lotação dos professores e funcionários nas unidades? E o remanejamento dos alunos, como ocorrerá? Porque acabar com a EJA nesse formato, nas escolas onde existem demandas? Como ocorrerá a transição para EJA com qualificação? Todos esses cursos receberiam verba do governo federal? Qual seria a contrapartida do município?

Todas essas dúvidas são frutos de como essas mudanças estão sendo conduzidas, ou seja, de cima para baixo, sem a participação dos professores, funcionários, estudantes e comunidade escolar. Uma das características da democracia é a transparência, a participação, o diálogo, e a dúvida. Já as medidas autoritárias são norteadas pelo obscurantismo e pela verdade absoluta. Nesse sentido, não podemos concordar com a forma que as mudanças estão sendo realizadas, porque primamos pelo debate. Quanto aos debates nas regionais, consideramos que o cronograma proposto, não contempla professores, funcionários, estudantes e comunidade.

Foi no governo da prefeita Marília Campos, que ocorreu a expansão da FUNEC, acompanhada da realização do concurso público, que moralizou a instituição, acabando com as indicações para nomear seus profissionais. A entrada de Cláudia Ocelli na presidência da FUNEC oxigenou a instituição. Nunca se viu tantos debates e discussões. Projeto Político Pedagógico, Conselhos Escolares, Grêmio Estudantil. Era GT (grupo de trabalho), para discutir os mais diversos temas. A FUNEC estava caminhando para um novo paradigma. E entre eles não estava presente o fechamento de 14 unidades. Agora, fomos surpreendidos por uma mudança brusca de direção, interrompendo o que estava sendo construído.

Sabemos que o Ensino Médio é obrigação do Estado, e que o mesmo não contribui com o custo da FUNEC. Assim, temos consciência da necessidade de pensarmos o financiamento dessa instituição, como também o seu formato para o século XXI. Mas, para que isso ocorra tem que haver debate e não imposição; tem que haver confiança e não truculência; tem que haver coerência e não incoerência; tem que haver planejamento e não só vontade. Somente vamos construir um projeto de futuro para essa instituição se ele nascer da vontade da maioria, do desejo de construirmos juntos uma nova FUNEC. Caso contrário será apenas um sonho de alguns e por isso terá vida curta. Afinal, como diz o poeta: “sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Diretores da FUNEC:

Bruno Francisco Melo Pereira (Industrial II)

Roberto Duarte da Silva (Alvorada)

Nadir Aparecida de Oliveira (Inconfidentes)

Eliane das Graças Rezende dos Santos (Hibisco)

Donizete Francisco Melo Souza (Morada Nova)

Sidney Ferreira Nascimento (Novo Eldorado)

Luiz Mauro Procópio Faleiro (Vila Pérola)

Maria Adriana da Silva Pereira (Tropical)

Jorge Expedito Rodrigues (Novo Progresso)

Madalena Gomes Barreto (São Luiz)

Jorge Luiz Hilário (Ressaca)

Ana Paula Lemos de Souza P. Ângelo (Petrolândia)

Paulo Gomes da Silva Filho (Pampulha)

Elizabeth de Jesus Goulart e Jean Anderson Dias Salomé (Cruzeiro do Sul)

Fátima Ferreira de Oliveira (Água Branca)

Luiz Pereira Rodrigues (Xangri-lá)

Moises Modesto B. Santos (Nova Contagem)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Notícia equivocada no "Super"

Prezados(as)

É impressionante o modo como algumas pessoas tentam deturpar, pra dizer o mínimo, as informações que tão abertamente circulam. Só não vê quem não quer. Digo sobre a notícia divulgada no jornal "Super notícia on line", a respeito da paralisação de hoje (19/02), e que pode se acessada através do link
Antes que retirem, ou modifiquem, a reportagem por conveniência (o que eu não duvido), ou para aqueles que desconfiam dos links, salvei a notícia como figura. Vejam:

Vejam o equívoco. Quando é que nós, servidores da FUNEC, ou da Rede Municipal de Contagem (como diz o noticiário acima) exigimos "implantação do cartão de transporte"? Quem escreveu essa notícia? Foi a Carolina Coutinho, pois esse nome consta acima da foto e há uma data de divulgação: 28/11/08. Quando é que essa foto foi tirada, em que momento, já que o noticiario foi publicado um dias antes da paralisação?
Não é a toa que esse jornal é no mínimo suspeito quando se trata da qualidade de seu jornalismo.

Um abraço.

Erico Freitas.

Manifesto

Olá Érico,

Estou atordoado, tonto, a guerra de "informação", "contra-informação" e "desinformação" é muito grande e intensa, e o governo, você sabe, tem altíssimas verbas para propaganda, tem equipe especializada.
Ainda assim,não posso deixar de participar das ações necessárias ao enfrentamento destas situações. Mesmo sem ter conversado com o Alexandre, posto aqui, o texto introdutório que ele fez para divulgar no funec-lista@grupos.com.br o Manifesto Funec Nova Contagem.

-lo:

Saudações atleticanas,

altair.

Olá companheiros (as),

Em 2008, travamos várias discussões sobre a implantação de um curso técnico na EJA unidade Nova Contagem. Desde julho de 2007, defendemos a implantação de cursos técnicos na referida unidade.

Porém sempre nos pautamos pelo bom senso, almejando um curso com qualidade e com condições dignas para educandos e educadores. Em setembro de 2008, uma comissão foi criada (embora a proposta de formar uma comissão tenha sido ignorada no ano anterior) para pensar (em tempo mínimo) uma proposta de curso. A proposta foi apresentada à administração da Funec. No entanto nenhum investimento no que tange a estrutura física da escola foi sinalizado. Não se sabia como seria o processo seletivo para ingresso dos alunos ao curso, como e onde o mesmo iria funcionar, uma vez que todas as salas já estavam comprometidas com turmas para 2009. Além disso, o curso nem mesmo havia sido aprovado pelos órgãos competentes. Sobre esse aspecto, nos disseram que estavam dando um jeitinho.

Indignados com essa situação, um pequeno grupo de professores em dezembro redigiu uma carta/desabafo, onde explicitam a suas opiniões. Curiosamente, ao retornarmos em fevereiro 2009 para escola, nos deparamos com um discurso da direção da unidade acima citada, de que o curso técnico da EJA não foi viabilizado pelo fato de alguns professores terem redigido em dezembro uma carta pedindo que o mesmo não fosse implantado. Essa estratégia tenta jogar os alunos, os outros profissionais da educação e a comunidade de Nova Contagem contra os professores: Érico, Altair e eu, Alexandre Gomes.

Sendo assim, envio em anexo uma copia da carta para que todos possam ler e tirar as suas próprias conclusões.

A verdade deveria ser um valor, no entanto para alguns ela é uma ameaça ao pseudopoder que acreditam ter.

Um abraço,
Alexandre Gomes

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Plenária da FUNEC

Prezados(as),



Amanhã, quinta-feira (19/02/2009) teremos a Plenária da FUNEC. Temos acompanhado várias discussões pelo grupo funec-lista@grupos.com.br. Varios colegas têm se manifestado em defesa da educação na FUNEC. São vários os relatos dos nossos colegas das decisões unilaterais (gentilmente falando) e assintosas que a Administração da FUNEC tem tomado. A nós, servidores da educação (professores e pedagogos), é passado apenas um comunicado de tais decisões. Ainda não houve diálogo (no sentido estricto da palavra) Administração-Unidades. Os efetivos trabalhadores da educação não são ouvidos pela Administração. Quem sabe amanhã haverá algum representando do Governo? Talvez.

É importante que todos marquem presença amanhã na Assembléia a se realizar na Casa do Movimento Popular, Contagem/MG. Essa participação não é mais uma escolha, mas um dever. Lembremo-nos que nenhum dos direitos dos trabalhadores "caiu do céu", foram consquistados com luta política e manifestação popular. Agora estamos novamente diante de um quadro em que devemos defender nossos direitos e lutar para conquistar outros. Por enquanto, lembro a todos das palavras de Paulo Freire (não como ventríloco): "a educação é um ato político".


Um abraço e todos.

Erico Freitas.


Prof. de Física - Nova Contagem e Vila Pérola.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Nova Contagem e outras

Olá, parabéns ao Érico pela iniciativa.
Sugiro que divulguemos o blog entre nossos alunos, para que eles também compreendam o momento pelo qual a FUNEC está passando.

Eu ouvi de um dos diretores que participaram da reunião na quinta-feira com a Cleudirce, que Nova Contagem não teria uma unidade pólo, pois lá é preciso garantir primeiro a universalização do ensino fundamental!

Outra coisa que ouvi: que já para 2010 não haverá mais seleção para o ensino médio, apenas para o integrado! E nem mais para a EJA também!

Vamos participar da plenária da FUNEC! Não podemos permitir que fiquemos reféns da administração de plantão!

Abraços,


Daniela Versieux

Manifesto: Carta Aberta à Administração da FUNEC

Prezados(as) colegas,

Temos acompanhado muitas discussões pela grupo de e-mail "funec-lista" a respeito do plano de (re)estruturação do Ensino Médio na FUNEC, talvez o melhor prefixo seria "des" (desestruturação). Tem havido, como no ano passado (2008) muita informação truncada. As decisões são tomadas na Administração da FUNEC e divulgadas entre os professores e demais servidores da educação, e muito mal divulgadas. E as justificativas para tais mudanças que a "nova" Administração nos apresenta são as mais esdrúxulas possíveis. A título de exemplo, ouvimos na Unidade Nova Contagem, e até mesmo em outras unidades, que Nova Contagem seria o último caso a ser pensado com relação à redução para 8 unidades pólos. Ainda não sabemos se haverá um pólo em Nova Contagem, ao que tudo indica, não. A FUNEC - Nova Contagem permaneceria? Ouvi ontém (17/02/2009) de um professor da Unidade Vila Pérola, que participara da reunião com a Administração na Unidade Industrial, que a FUNEC - Nova Contagem seria fechada. Muito intrigante, pois lá (em Nova Contagem) ouvidos que "sobreviveremos" com via curso técnico integrado ao Ensino Médio na EJA, curso que já está (ou estava?) encaminhado para iniciar em Agosto/2009. Não vou me delongar mais pois o debate ainda continua, pelo menos entre nós que queremos o diálogo, e aqui é um espaço para isso.

Para tanto, reproduzo a seguir uma carta aberta à Administração da FUNEC que escrevemos e protocolamos ao final de 2008. Uma coisa é certa e evidente, tais "mudanças" na política educacional em Contagem já deveriam ter sido tomadas ano passado, porém não divulgadas pelo período e campanha eleitoral.

Forte abraço.

Erico Freitas.

CARTA ABERTA À ADMINISTRAÇÃO DA

FUNDAÇÃO DE ENSINO DE CONTAGEM.

 

Dezembro de 2008.

 

 

Prezados(as) Senhores(as),

 

 

Existem informações e reflexões que precisam ser compartilhadas coletivamente. Sob pena de que pela omissão venhamos ser coniventes com esta TEMERIDADE que é implementar um curso técnico para a EJA, sem os necessários planejamentos e as garantias mínimas dos aspectos de infra-estrutura; pretendemos expor aqui estas reflexões.

Pensamos ser extremamente SINTOMÁTICO que as Coordenadoras/Diretoras da Funec só visitem a Unidade no mês de dezembro, tanto em 2007 como agora em 2008, e com pauta classificada de “urgente”.

A Administração da Funec não quis ou não pode fazer a leitura correta dos motivos que levaram a tantas indagações e o repudio de se tentar implementar de forma abrupta um curso técnico sem ouvir a comunidade e sem apresentar no mínimo uma proposta estruturada do suposto curso em 2007. Por isso expressamos agora a nossa indignação e explicitamos formalmente os motivos ora mencionados.

Em 2007 o coletivo dos professores pela sua posição madura, responsável e ética tentou discutir a formatação de um curso técnico para Nova Contagem a partir da realidade da comunidade e da estrutura física da Unidade. Contudo, essa discussão foi abortada e os educadores acusados de não querer a implementação de um curso técnico na unidade.

Vale ainda ressaltar que a proposta foi “rejeitada” em 2007, porque sabíamos que não se discutia um curso técnico para a unidade. E sim um projeto PESSOAL, PERSONALISTA E PARTICULARÍSSIMO, assim não havia possibilidades de uma participação construtiva, profissional e o engajamento do professores. Além do que, a Administração da Funec em nenhum momento se pronunciou oficialmente quanto às garantias de infra-estrutura.

Em 2008, após várias reuniões e discussões relativas à necessidade de encaminharmos coletiva e responsavelmente as questões da “superlotação das salas” e da “correção de fluxo” conseguimos chegar a entendimentos razoáveis, sendo inclusive submetidos e aprovados pelo Conselho Escolar. Cabe-nos agora, em 2009, cobrar e acompanhar a aplicação das decisões aprovadas.

Recebemos em setembro/2008 (pode não ser a data exata), o convite para a formação de um grupo de discussão com a responsabilidade de elaborar uma proposta para o Ensino Médio técnico integrado e EJA com qualificação profissional.

O grupo foi formado e foi elaborada uma agenda/pauta para as reuniões, que deveriam ocorrer fora do horário escolar e que seriam (foram) remuneradas.

Já na primeira reunião no Campus II do Cefet-BH, com a leitura do Diagnóstico (PMC, MTBe, Funec), Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC e com discussões sobre as condições materiais e objetivas da Unidade Nova Contagem, optamos por propor os cursos:

 

- Ensino Médio Integrado: Técnico em Administração (ênfase em Finanças),

 

- EJA - Qualificação profissional: Gestão de Cooperativas e Instalações elétricas residenciais.

 

Nas reuniões seguintes fizemos pesquisas e discussões sobre matriz curricular, fundamentação teórica, elaboração de ementa...

Preocupados com uma manifestação formal e institucional da Administração da Funec, solicitamos uma reunião com a mesma, que foi então marcada pelo diretor Moisés para o dia 04/11/2008 às 08:00 hs.

Na reunião, não obstante a clareza e objetividade das senhoras Susan e Cristina Oliveira, fomos surpreendidos já com a primeira informação – estávamos ali para discutir apenas a EJA. Sobre o Ensino Médio Integrado não se conversaria mais pensando em 2009.

Alguns argumentos que nos foram apresentados, e até corroborados pelas alunas da EJA que estavam na reunião e aos quais de nossa parte não há contestação a priori:

 

- Devemos pensar no planejamento de um curso técnico para a EJA;

 

- Nova Contagem possui um número considerável de cursos de qualificação, que são oferecidos tanto pela PMC quanto por ONGs;

 

- A discussão histórica na Unidade Nova Contagem sempre pautou por um curso técnico;

 

- A formação técnica atende mais convenientemente às expectativas dos estudantes.

 

Então, voltando a dezembro/2008, estes argumentos aventados de COORPORATIVISMO e FALTA DE OUSADIA, são totalmente inapropriados, de vez que profissionalismo, responsabilidade e defesa da gestão democrática, não podem ser confundidas com medo.

Repudiamos estas avaliações superficiais e levianas sobre as competências profissionais e capacidades de articulação e análises do coletivo de professores da Unidade Nova Contagem.

Acreditamos que elaborar um curso técnico na segunda quinzena de dezembro/2008 para iniciá-lo em fevereiro/2009, pode ser extremamente TEMERÁRIO, pode ser uma “forçação de barra” muito grande.      

A despeito das avaliações tendenciosas acima referidas a respeito das posições assumidas pelos professores da Unidade Nova Contagem, em 09 de dezembro, parte do grupo de professores da Unidade aceitou fazer um cronograma de discussões para dar continuidade à proposta de curso técnico integrado à EJA.

Foi feita uma reestruturação da proposta inicial e novas discussões se sucederam até 15 de dezembro. Esse grupo deu encaminhamento à elaboração da proposta de curso dentro das possibilidades e condições de trabalho oferecidas. Novamente esbarramo-nos com temas que são de responsabilidade da Administração da Funec, temas estes que dizem respeito a questões estruturais e administrativas. Ressaltamos que o cumprimento desse novo cronograma concorreu com outras atividades escolares de suma importância, como conselhos de classe e planejamento escolar e pedagógico para 2009, cuja participação dos professores participantes do grupo era (e foi) fundamental.

Ainda assim, na reunião de planejamento pedagógico para 2009, tivemos o desprazer de ouvir o “diretor”- gestor da Unidade dizer que caso a proposta da equipe responsável pela elaboração e formatação do curso técnico não ficasse pronta em dezembro para curso ser iniciado em fevereiro/2009, ele se reuniria com outras pessoas e escreveria uma proposta de curso. Esse comentário lastimável do diretor da Unidade surgiu após questionamentos sobre possibilidade anunciada, não oficialmente, pela Administração da Funec de um curso técnico ser iniciado em fevereiro/2009. Esclarecemos que em momento algum, após construção do cronograma inicial em setembro/2008, o diretor esteve presente nas reuniões do grupo que elaborara a proposta de curso.

Então somos obrigados, na defesa dos interesses da comunidade de Nova Contagem a elaborar as seguintes indagações, que podem até ser seguidas de várias outras:

 

- Quais interesses estão por traz disto?

 

- São interesses pessoais ou políticos não confessáveis?

 

O edital e as inscrições para o EJA, para ingressos no 1º semestre/2009, já foram realizados, e se referem ao curso de Ensino Médio (EJA) com duração de 3 (três) semestres, não havendo no mesmo menção a curso técnico e nem, obviamente, os CRITÉRIOS DE SELEÇÃO, que deverão ainda ser detalhada e legalmente pensados e estabelecidos. E ao que tudo indica, todas as salas já estão ocupadas pela EJA da Escola Municipal Ana Guedes e pela Funec. Sendo assim, em que local funcionará mais uma sala, agora com curso técnico?

Fevereiro de 2009 é o segundo mês do novo mandado da Administração municipal, vale lembrar que o mandato é de 48 meses, não há, portanto, razão para este desespero com o tempo. Podemos tranqüilamente usar o primeiro semestre de 2009 para preparar com os cuidados, responsabilidades e garantias necessárias, um curso técnico para começar em agosto/2009.

 

Repudiamos quaisquer manobras para elaboração e “planejamento de afogadilho”, principalmente durante as férias escolares.

 

Nova Contagem merece RESPEITO!

 

 

Atenciosamente,

 

Altair de Oliveira Marcelo

Erico Tadeu Fraga Freitas

Alexandre Geraldo Gomes

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